segunda-feira, 17 de novembro de 2008

A Sociabilidade da Cerveja - Uma Sugestão de Pesquisa.

Quando se fala na questão de sociabilidade entre uma garrafa de cerveja e uma dose de whisky, fica quase indiscutível que a cerveja é a que promove mais relações de contato.
Eu olhava por cima do balcão a um grupo de jovens que conversavam as alegras e um deles tomava whisky, o resto cerveja (s).
A Cerveja passa em mão em mão, volta para o centro da mesa, é um totem da atenção daquele espaço. Seu formato fálico estimula a imaginação sexy e não é difícil ver seus bebedores bulinarem os adesivos colados na garrafa como que a despindo ou acariciando-a.
A cerveja é coletiva. Vem em engradados, aos grupos.
A dose de whisky é individual. Ela não existe, é feita pelo barman.
Dificilmente se oferece uma dose de whisky a todos na mesa, pois o copo é único, diferente da quantidade de bocas que o desejam. Apesar de ter um grau alcoólico alto o whisky não consegue suprir a necessidade de limpeza dita como confiável, quando tomado em grupo. Já a cerveja é repartida em copos individuais o que propicia a higiene.
O jovem que tomava wiski na mesa realmente não partilhava de uma coletividade plena. Não tocava a garrafa nem participava de sua movimentação sobre a mesa. Ele estava de fora, e ia pagar mais caro por isso.

Um comentário:

Samanta Bertelli disse...

Mas vc pode pensar no whisky... O quanto as outras pessoas gostariam de explorar um sabor individualmente, que ninguém mais pode sentir. O prazer de vc possuir uma dose exclusiva e única, feita pelo bar man, mas que por ele não é possuída, e sim por vc e mais ninguém.
Os desejos dos outros, inclusive, de beber no mesmo copo, repartindo gotículas minúsculas do gosto do outro, deixados no copo, esquecendo a higiene e pensando somente no prazer.
Que o exclusivo é mais caro, mas mesmo assim é gratificante. E que o popular, é mais barato, é comum e, portanto, é comum também, o prazer.
O prazer do exclusivo não.