segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Gozo Alheio

Qual a distância entre meus olhos e meu falo? Tenho certeza que não é tão grande, pois eu olhava nitidamente para ele, rodeado de pessoas que se utilizavam dele para gozar. Com o braço estendido, agarravam com a mão direita o ereto e festejavam, dando voltas ao seu redor. Eu observava quieto e sorridente a felicidade alheia. Disputavam um espaço no seu tronco para agarrar e desfrutar. No início eram alguns, depois muitos. Todos eles dançavam e gargalhavam ao redor do meu sexo. Sem a paciência da espera. Sem a delicadeza da partida. A brincadeira escondia a vontade, e a vergonha sumia em sorrisos. A felicidade de alguns foi a minha e a sede de outros minha imensa decepção. Mesmo assim me calei, engoli o choro e parti, olhando meu falo usado, despreocupado com os monstros criados e feliz pela verdade emergente.

Um comentário:

Samanta Bertelli disse...

a nao.. esse não foi verdade.. nem vem.